Pássaros do Cerrado - cidade e mato.

A fotografia sempre foi um campo muito amplo e vasto, muita informação, muita novidade,  muita tecnologia, ou, a falta dela. Com a quartentena meu porto seguro foi pro espaço sideral, meu nicho eram fotos de shows, de espetáculos , festivais, eventos.... Imagina, seu norte ser tirado do ar. Tive que me reiventar, a primeira leva desse novo modo de se virar foram as fotos tiradas da janela na quarentena, nessa época tive o prazer de aprender as nuances do astro rei, coisa que não me pertencia antes, hora do nascer do sol, hora do pôr do sol, hora da luz, hora da falta de luz. Numa viagem, no fim da pandêmia (a primeira leva) tive o prazer de ir para o paraíso , lá descobri esses seres com asas que nos desafiam com sua liberdade de ir e vir, com sua territorialidade, seus caprichos e sua beleza...

Dai vem esse ensaio que era pra ser uma valvúla de escape mas virou uma forma de ver o mundo, mais livre, mais selvagem, mais poética.

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